25/03/05

COISAS MINHAS - 12

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O MENINO E O PAPAGAIO DE PAPEL


Era uma vez um menino que gostava muito de aventuras.

Um dia, com uma guita, canas e uma folha de jornal, fez um papagaio de papel...

Viu que o papagaio era muito bonito e então apeteceu-lhe voar nele.

Subiu com muito cuidado e pés de lã lá para dentro e soprou com toda a força que tinha.

O papagaio, que ainda não sabia falar, fez um barulhinho muito esquisito com o bico. Devia estar a conversar lá com as suas penas... Mas lá decidiu levantar voo.

O menino ia muito agarradinho ao pescoço do papagaio para não cair.

Lá de cima via muitas coisas bonitas que nunca tinha visto senão na sua imaginação.

Via os telhados das casas com andorinhas poisadas nos beirais.

Via as pessoas com uma cabeça muito grande e parecendo pequeninas, como se não tivessem pés.

Via as árvores que baloiçavam quando o vento passava por elas e lhes cantava uma bela canção.

Algumas árvores mais pequeninas e com muitas luzinhas eram árvores de Natal.

Via as nuvens e chegou mesmo a entrar dentro de uma delas.

Como eram fôfinhas as nuvens! Lá dentro luziam pequeninas gotas de água que se riam para o menino.

Mas o menino já estava a ficar cansadinho e adormeceu.

O papagaio pensou então que seria bom ir des - cen - do,- des - cen - do, des- cen - do


muito de- va – ga – ri – i – i - i - nho,

para o menino não acordar...

E assim foi a história de um menino que gostava muito de aventuras e fez um papagaio de papel...


Amélia Pais


Obs: tentei, sem ter conseguido, formatar descendentemente a parte «que seria bom ir des-cen-do- des-cen-do».Peço, então, que imaginem como ficaria...Assim como assim, e como se dizia no Maio de 68, A IMAGINAÇÃO AO PODER!

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