04/12/06

NOCTURNOS - 20



Nocturno

O silêncio por ninguém se quebranta,
e ninguém o deplora.
Só se canta
o pôr-do-sol, desde a aurora.
Mas a lua, com ser
de luz o nosso simples parecer,
parece-nos sonora
quando derrama suas mãos ligeiras
as ágeis sombras das palmeiras.

José Gorostiza

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